sábado, 17 de janeiro de 2009

ECOS DA ÍNDIA II

Recebi as primeiras impressões de nosso enviado à Ìndia por meio de torpedos. Elas davam conta de um mundo novo e insuspeito, mas que aos poucos foi sendo conquistado com a curiosidade de um viajante. E uso, conscientemente, a palavra "viajante" porque o Luís não é simplesmente um turista: ele não quer conhecer uma Índia dos cartões-postais nem dos guias ilustrados. Para nossa sorte (pois que usufruiremos de suas descobertas), ele desde sempre quis mergulhar na alma daquele país, imiscuir-se numa cultura milenar, conviver com as vidas possíveis naquele país que não é de forma alguma algo homogênio. A Índia é um caldeirão cultural, têm-se religiões, culinárias, línguas, enfim, culturas muito diversas - algo que não representa surpresa alguma a nós, brasileiros, pois vivemos num país continental e somos reconhecidos pela nossa diversidade e convivência pacífica, embora, por exemplo, aqui tenhamos idioma único (apenas com sotaques diferentes) e uma religião cristã hegemônica (que, a bem da verdade, convive com toda e qualquer outra forma de crença: o brasileiro é fundamentalmente sincrético na sua Fé).
Para se chegar à Ìndia, têm-se necessariamente de fazer uso de conexões, não temos uma ponte-aérea para lá. Nosso enviado optou pela South Africa, que parece ser um dos caminhos mais breves. Se você for para um grande centro, tal como Mumbai (a Bombaim dos ingleses), ainda que ao custo de transbordos, conseguirá chegar via aérea. Mas ele foi para o interior, no sul daquele sub-continente, então teve de fazer uso de transporte inter-modal: além do avião, também trem e automóvel. Aliás, nosso enviado não ficará sozinho o tempo todo: num primeiro instante, ele está em companhia do grupo de estudantes brasileiros com os quais está fazendo o curso de Ayurveda; depois, irá com alguns deles fazer um estágio técnico, que é opcional, no hospital que fica localizado no Templo de Sri Dhanvantari (que é o deus da medicina) - você podem ver o Templo na foto que ilustra esse post. Por fim, fará um giro por outros lugares da Índia antes de retornar ao Brasil, aterrissando em pleno Carnaval, completando sua aventura de dois meses. No próximo post dessa série, comento as primeiras impressões dele após pisar no solo que é sagrado para as vacas.

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