quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

TRICOLOR SÓ TEM UM!

Num post passado eu estava contando a história do samba-enredo “A Lenda das Sereias” e comentei que a escola de samba Inocentes de Belford Roxo havia feito um reedição, antes que o próprio Império Serrano o fizesse. Pois bem, meu amigo e colega de equipe de trabalho, o Marcão, leu aquele post e fez calorosos protestos por não ter sido citado, pois ele é natural de Belford Roxo! Então, eu prometi que iria tocar no assunto assim que fosse possível e, como ambos somos torcedores tricolores, me lembrei dele instantaneamente.

Se, ao ser informado que “somos tricolores” você vier me perguntar “qual deles”, se por acaso sou são-paulino, deduzindo isso pelo fato de eu ser paulista de nascimento, então vou dizer o seguinte: você não entende nada de futebol! Pelo menos na minha opinião e na do genial Nelson Rodrigues, um dos mais ilustres tricolores da história. Segundo o Nelson, “tricolor só tem um": é o Fluminense. Os outros “são times de três cores”.
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Nélson Rodrigues: um célebre torcedor do Flu - vestido a caráter, em foto de 1979.

Pois bem, pode-se perguntar: e por que raios eu, paulista, torceria para um time de outro Estado?! Muito simples: meu pai é fluminense (=nascido no Estado do Rio de Janeiro) e fluminense (=torcedor do time Fluminense) e, em razão dessa ascendência, sou tricolor desde que me conheço por gente. Aliás, embora superficialmente eu pareça ter muito mais influência da minha mãe, tenho importantíssimas qualidades que devo a meu pai – o time de coração é apenas uma delas.

E, detalhe: eu torço unicamente para o Fluminense. Não tenho time algum em nenhum outro Estado – nem mesmo em São Paulo. Posso ter alguma simpatia circunstancial, tal como preferir a Ponte Preta ao Guarani (inclusive fiz minha faculdade em Campinas), ou normalmente torcer contra o Flamengo ou Corinthians, mas são apenas opiniões de momento. Torcer, só pro Fluminense (e para a Seleção Brasileira, claro).

Mas como a gente perde o amigo (ou o time), mas não perde a piada, há uma curiosa brincadeira envolvendo um hipotético jogo Fluminense x Barcelona rodando no youtube há um bom tempo. É impagável. Esse vídeo rendeu alguns bordões para o “dialeto” no dia-a-dia no trabalho (onde aliás há outros tricolores e meu chefe imediato é, por ironia, flamenguista!) – o mais usado é o já antológico “que azar, hein!”.

Se ficaram curiosos, vejam o escracho:

http://www.youtube.com/watch?v=7j54ncQ59YM


Importante: o time tricolor tem as seguintes cores: VERDE, BRANCO e GRENÁ.

Em tempo, o “GRENÁ” é diferente de “vermelho”, não confundam! Se isso ajudar, vamos às definições vernaculares dos dicionários: “a cor vermelho-castanha da granada (mineralogia)” (Dicionário Houaiss) ou “a cor vermelha da romã” (Dicionário Michaelis). Assim, fica esclarecido o que seja o já célebre “grená”, certo? Havendo dúvidas, procurem uma granada ou então uma romã e não se fala mais nisso. rs. Ou basta olhar o grená in loco, no brasão do Flusão:



E, pra galera, aí vai o “hino de coração” do clube, composto por Lamartine Babo (letra) e Lirio Panicalli (música):


Sou tricolor de coração
Sou do clube tantas vezes campeão
Fascina pela sua disciplina
O Fluminense me domina
Eu tenho amor ao tricolor
Salve o querido pavilhão
Das três cores que traduzem tradição
A paz, a esperança e o vigor
Unido e forte pelo esporte
Eu sou é tricolor!

Vence o Fluminense
Com o verde da esperança
Pois quem espera sempre alcança
Clube que orgulha o Brasil
Retumbante de Glórias
E vitórias mil

Vence o Fluminense
Com o sangue do encarnado
Com amor e com vigor
Faz a torcida querida
Vibrar de emoção
O Tricampeão

Vence o Fluminense
Usando a figalguia
Branco é paz e harmonia
Brilha com o sol da manhã
Qual luz de um refletor
Salve o tricolor


E por que chamo de “hino de coração”? Porque é o que todos conhecem e se celebrizou no coração dos torcedores. No entanto, pasmem, o hino oficial é outro, composto por Antonio Cardoso de Menezes Filho!

E, mais história ainda... houve um primeiro hino, com letra de Coelho Netto, utilizando como base a música de “It´s a long, long way to Tipperary” de H. Williams, que foi trocado pelo hino oficial acima por ter virado motivo de paródias.

As letras completas desse hinos, bem como links de audição, podem ser acessados em: http://www.flumania.com.br/histori3.htm .

Um comentário:

Marcos Rodrigues disse...

Caro Vander gostei de sua matéria e como autentico Tricolor que somos,eu e meus filhos,nós o saudamos,
SAUDAÇÕES TRICOLORES.a propósito,somos de Belford Roxo também.