sábado, 31 de janeiro de 2009
"Hit Parade" x "MÚSICA": diferenças dos marcadores
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
"GUERNICA", de PABLO PICASSO - I : a cidade e os fatos
ECOS DA ÍNDIA IV
domingo, 25 de janeiro de 2009
OUVINDO NA CHUVA - 25/01/09 - B´ROCK
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
ECOS DA ÍNDIA III
Discorrendo sobre dados mais concretos desse realidade, ele informa que Kannur (acima, uma vista de uma praia, em foto retirada do site oficial) é uma cidade pequena, totalmente inserida na sua tradição ayurvédica, com grande parte de sua vida voltada para essa vocação para a saúde e a terapêutica, havendo muitos médicos, farmácias, lojas de utensílios especializados... percebe-se que esse é o próprio ethos do local, e todos, de alguma forma, estão inseridos nessa cadeia de conhecimentos, através do qual vivem/sobrevivem. O clima é tropicalíssimo: mesmo em pleno inverno, a temperatura era de 33º celsius! Esse fato me pareceu um certo atrativo do local, pois prefiro o verão ao inverno e temperaturas extremas “para cima” às “para baixo”. Para nos ajudar a se situar melhor, fui ao google buscar outras informações a respeito de Kannnur e descobri que a cidade, que está à margens do Mar da Arábia, litoral sudoeste indiano, foi um importante porto de contato e trocas comerciais com a Arábia e a Pérsia; foi também o quartel geral militar para a costa oeste, durante o domínio do Império Britânico – naquela época “colonial”, era chamada pelos ingleses de Cannanore (assim como Mumbai foi chamada de Bombaim no mesmo período). Portanto, teve um papel historicamente relevante, embora, como disse o Luís, a cidade em si seja pequena. A quem se interessar, dados gerais podem ser obtidos diretamente no site oficial do distrito: http://kannur.nic.in/. No próximo post, vamos comentar o cotidiano das primeiras semanas de curso e da vida do Luís naquela localidade.
HISTÓRIAS MÍNIMAS: "Engordando, não!"
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
"A HORA DA ESTRELA" - parte I
"A LENDA DAS SEREIAS, RAINHAS DO MAR": inesquecível samba-enredo.
No entanto, esse enredo medianamente desenvolvido rendeu um belíssimo samba-enredo, que ficou no imaginário do Império e de todos os amantes desse gênero – e olha que estamos falando de uma Escola que conta, em seu cartel de composições, com sambas-enredo do quilate de “Aquarela Brasileira” (1964 e reeditado em 2004), “Cinco Bailes Tradicionais da História do Rio” (1965), “Heróis da Liberdade” (1969) e “Bumbum Paticumbum Prugurundum” (1982), entre vários outros.
Pois bem, não bastassem as virtudes originais desse samba, a então nova estrela em ascenção da MPB, Marisa Monte, gravou esse samba em seu primeiro álbum, lançado em 1989, com o nome de “A Lenda das Sereias”, em novo arranjo, com ritmo mais cadenciado e melódico, apenas excluindo a penúltima estrofe da letra – e eu me pergunto, será que a razão foi ela ser portelense e esse trecho fazer referências ao próprio Império Serrano (nas frases“Toda Corte engalanada” e “Vê o Império enamorado”)? De qualquer maneira, com a bela gravação da cantora, esse samba tornou-se conhecido de toda uma nova geração de ouvintes – e mesmo de contingentes de ouvintes das gerações anteriores, entre aqueles que não o conheciam por não serem ligados ao mundo das escolas de samba e nem saberem que ele havia existido.
Após a instituição da possibilidade de se realizar reedições de antigos sambas-enredo (antes de 2004 era proibido apresentar composições que não fossem inéditas), esse samba logo foi objeto de um novo desfile, no carnaval de 2006, pela escola de samba Inocentes de Belford Roxo, então no Grupo B, conseguindo atingir uma boa 3ª. colocação (ainda assim, insuficiente para ascender ao Grupo A, já que só a campeã subiria de grupo, que naquele ano foi a Império da Tijuca, curiosamente, também apresentando uma reedição: “Tijuca: cantos, recantos e encantos”, safra da própria escola do ano de 1986, quando havia desfilado no então Grupo 1-A, equivalente ao atual Grupo Especial, ficando em 12º lugar.)
Eis que agora, para o desfile de 2009, o próprio Império Serrano resolveu reeditar “A Lenda das Sereias, Rainhas do Mar” , apenas modificando – a pedido da atual carnavalesca responsável pelo desenvolvimento do enredo, Márcia Lávia – o título para “A Lenda das Sereias, Mistérios do Mar”. É uma tentativa de superar a grande responsabilidade que a escola terá nesse ano: abrir o desfile de domingo. Para se ter uma idéia da “maldição da abertura”, na era sambódromo, salvo engano meu, nenhuma escola que tenha subido de grupo no ano imediatamente anterior (como o caso do Império, que foi campeão do Grupo de Acesso ano passado, com enredo sobre Carmem Miranda) e que tenha sido a primeira escola a desfilar no domingo conseguiu a façanha de se manter no Grupo Especial (excetuando alguns poucos anos em que não houve descenso de nenhuma escola por acordos entre cartolas). Pelo ânimo que os amantes dos bons sambas manifestaram, em particular da comunidade imperiana, e também pelos primeiros resultados apresentados nos ensaios técnicos realizados pela escola na Marquês de Sapucaí, vê-se que o samba funciona como um grande trunfo – apesar dos temores (procedentes, diga-se de passagem) daqueles que pedem que o samba não seja acelerado demais, fugindo da sua característica melódica original, descaracterizando-o e, inclusive, deixando-o repetitivo demais (a letra é curta para os padrões atuais e, quanto mais rápido o andamento, mais vezes o samba será executado na Avenida).
Grande parte das autoridades do mundo do samba, aliás, apresenta críticas quanto à sistemática de reedição, argumentando que, por melhor que sejam os clássicos sambas-enredo do passado, reeditá-los só prejudicaria a própria continuidade do gênero, ao tirar espaço dos compositores atuais; para a ala de compositores, é sempre uma má notícia, pois significa ficar um carnaval inteiro sem compor e realizar a importante temporada de escolha do samba-enredo. Essa preocupação tem sua razão de ser, mas penso que reeditar um samba-enredo pode ter exatamente o efeito positivo ao funcionar como um exemplo que, atualizado por uma nova gravação, venha a inspirar toda uma nova geração de sambistas. E, aliás, basta dar uma olhada na safra desse ano: a despeito de uma média aceitável no nível das composições inéditas, o samba do Império Serrano, já com 32 anos nas costas, apresenta uma superioridade tão evidente que fica difícil defender o impedimento das reedições. Escolhidas com bom senso e sem exageros, elas só tem a somar para o nível dos desfiles atuais e futuros.
Resumo da ópera: aproveitando gancho do tema marinho da composição, podemos falar, com toda propriedade, que “A Lenda das Sereis, Rainhas do Mar” se trata de uma autêntica e perfeita pérola da música popular brasileira.
Em tempo: obviamente, eu não guardo de cabeça todas as colocações ano-a-ano; na medida do possível, para não cometer erros, me utilizo de fontes de consulta no assunto. Especificamente para os resultados, indico o seguinte site:
http://www.academiadosamba.com.br/memoriasamba/desfiles/index.htm
Para completar esse post da melhor forma, nada melhor do que apresentar a letra da música por ela mesma - para ouvir, basta buscar no youtube. Na foto, uma visão geral do desfile original, de 1976.
“A LENDA DAS SEREIAS, RAINHAS DO MAR”
Compositores: Vicente Mattos, Dinoel e Arlindo Velloso
O mar, misterioso mar
Que vem do horizonte
É o berço das sereias
Lendário e fascinante
Olha o canto da sereia
Ialaô, oquê, ialoá
Em noite de lua cheia
Ouço a sereia cantar
E o luar sorrindo
Então se encanta
Com a doce melodia
Os madrigais vão despertar
Ela mora no mar
Ela brinca na areia
No balanço das ondas
A paz ela semeia
Toda Corte engalanada
Transformando o mar em flor
Vê o Império enamorado
Chegar à morada do amor
Oguntê, Marabô
Caiala e Sobá
Oloxum, Inaê
Janaína e Iemanjá
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
20 DE JANEIRO - DIA DE SÃO SEBASTIÃO
Para ilustrar esse post, escolhi uma expressiva pintura de Guido Reni, que se encontra no Museo del Prado, Madrid (foto do acervo pessoal, tirada in loco pelo blogueiro).
Curiosamente, ele não morreu dessa forma: seu corpo cravado de flechas foi miraculosamente tratado por uma piedosa cristã, Santa Irene (uma fiel que também foi canonizada). Totalmente restabelecido, Sebastião, para total espanto do Imperador, apresentou-se novamente diante dele, defendendo seus ideais; dessa vez, foi açoitado até a morte. É considerado o protetor contra a peste e epidemias. Mas há controvérsias: o lado “B” da história sustenta que a morte de Sebastião teria sido o ato final de uma trágica trama de paixão e ódio entre ele e o Imperador – por essa razão, ao arrepio da Santa Madra(sta) Igreja, o santo foi tomado como padroeiro dos homossexuais e, por extensão, dos marginalizados em geral. De qualquer forma, mesmo os dados canônicos são incertos – daí ser correto usar exatamente o termo hagiografia, pois não há como falar em biografia histórica. De forma surpreendente e, a princípio, incompreensível, a iconografia clássica do santo acabou sendo utilizada com um viés sexual, erotizando seu martírio. Alguns dos inúmeros quadros que lhe foram dedicadas (e ele foi um dos personagens religiosos mais retratados na história da pintura) chegam a desconcertar pela mistura de dor e sedução. Mas, depois de Freud, não há o que não possa ser explicado. E essa sexualização se disseminou no imaginário popular - vejam só, me lembro até que o Paulo Ricardo pós-RPM fez um álbum intitulado “O amor me escolheu”, no qual aparece na capa caracterizado como São Sebastião...
sábado, 17 de janeiro de 2009
ECOS DA ÍNDIA II
AUSTRALIAN OPEN 2009
O escocês Andy Murray mira muito mais que uma bolinha: segundo os especialistas, ele é o franco favorito para levar o Australian Open de 2009 e consagrar-se campeão do primeiro Grand Slam de sua carreira.
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
CRÍTICA: "UM CONTO DE NATAL"
Se digladiam em família e vão ao cinema, digo, à igreja: o filho desprezado, Henri (Amalric), acompanha a mãe, Junon (Deneuve) - mesmo não sendo religiosa, ela tem o hábito de ir à missa do galo na noite de Natal.
OUVINDO NO BANHO - 15/01/09 - A FLAUTA MÁGICA
TÊNIS - REVENDO RAPIDAMENTE 2008
Federer (esq.) e Nadal (dir.) , já de noite, tiram fotos com os troféus de vice-campeão e campeão logo após o encerramento da final de Wimbledom 2008: esse jogo foi o momento-chave da passagem do bastão de primeiro do ranking.
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
ESCOLAS DE SAMBA
Vamos falar de um assunto que gosto muito: Carnaval. No caso, em particular, Escolas de Samba. Pode parecer estranho, afinal, sou praticamente um peixe fora d´água, nunca morei no Rio, nunca freqüentei quadra das Escolas e só fui pessoalmente à Sapucaí em uma única oportunidade. Mas sempre gostei da cultura dos desfiles, dos sambas-enredo e da pujança dessa manifestação cultural. Assim, fui “plugado” nesse mundo via “ponto de luz na imensidão” (ou seja, a TV, segundo uma descrição poética do último enredo que o Joãosinho Trinta fez na Beija-Flor), que há um bom tempo já faz as transmissões que mostrando um pouco daquele espetáculo, levando-o mesmo a nós que estávamos tão longe de tudo aquilo que acontecia. Naquela época, anos 80, era difícil ter notícias do mundo das Escolas... de vez em quando uma nota nos jornais (em particular nos do Rio, tais como “O Globo” e “Jornal do Brasil”), às vezes uma matéria de meia página ou página inteira, o que já era pra festejar. Em janeiro, nos telejornais locais cariocas, exibiam matérias mostrando algo dos preparativos nos barracões e dava para ter uma pálida idéia do que as Escolas estavam preparando. Mas as notícias eram precárias, tudo só seria revelado durante o deslfile em si, no dia do carnaval (lembrem-se, até 1983 os desfiles do grupo principal era num só dia, domingo; daí veio o sambódromo em 1984, com a novidade de dois dias). Mas a internet, como todos sabem, revolucionou nosso acesso à informação. E não poderia ser diferente com relação ao samba. Hoje em dia, temos acesso on-line às informações em questão de minutos ou até segundos. Há sites ou colunas especializadas, com jornalistas e aficcionados que, para nossa total satisfação e com todo nosso agradecimento, fazem nossa ligação com o agitado mundo das agremiações. Se alguém quiser conferir, eu acesso quase que diariamente três sites que me mantêm informado:
ECOS DA ÍNDIA I
N A M A S T Ê !